Veja o que se sabe sobre a morte de mulher em situação de rua
02/09/2025
(Foto: Reprodução) Mulher em situação de rua encontrada morta em terreno teve relacionamento de cinco meses
Veja o que se sabe sobre a morte de Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos, a mulher em situação de rua que foi encontrada morta em um terreno baldio em Rio Verde, no sudoeste do estado. Investigação da Polícia Civil (PC) e a família de Monara ajudam a traçar pontos do caso.
O nome do suspeito não foi divulgado, por isso até a última atualização dessa matéria o g1 não conseguiu contato com a defesa.
Cronologia
“Foi uma sequência de fatos em dez dias. Ela esteve aqui [na delegacia] no dia 25 de junho para fazer uma ocorrência contra ele por uma agressão. Na semana seguinte, ele coloca fogo na casa dela e as testemunhas também mencionaram que ele foi quem fez isso. Dia 4 ele põe fogo na casa dela e no dia 7 ele mata ela”, explicou o delegado Adelson Candeo (veja a sequência a seguir).
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Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos
Divulgação/Polícia Civil
O relacionamento
Nayara Pires de Moraes, a irmã de Monara contou ao g1 que ela começou a se relacionar com o suspeito em fevereiro deste ano. A mulher falava que eles namoravam. "Eu vi ele umas 3 vezes só. Ela falava que eles eram namorados", disse.
Segundo Nayara, eles se conheceram na rua e depois ficaram dormindo em um albergue. O pai delas tem uma casa na cidade que ficava fechada e cedeu o imóvel para a filha. Monara e o namorado chegaram a morar nessa casa antes do crime, contou a irmã.
Nayara disse que percebeu machucados em Monara, mas que ela não falava o que estava acontecendo.
"Nós percebemos que ela aparecia em casa mais machucada. Muitas vezes nos perguntamos se era ele [o namorado], mas ela nunca falava. Lembrei que ela chegou a reclamar sobre o ciúme possessivo dele", contou.
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O crime
De acordo com o delegado do caso, Adelson Candeo, no dia 4 de julho o suspeito colocou fogo na casa que o pai de Monara cedeu para ela morar e no dia 7 de julho cometeu o crime contra a vítima.
Segundo as investigações da PC, o jovem de 26 anos, acertou Monara na cabeça causando traumatismo crânioencefálico (TCE) e em seguida incendiou um colchão onde ela caiu desacordada após a agressão. Um exame feito no corpo da vítima constatou que ela ainda respirava quando foi queimada.
O corpo de Monara foi encontrado no fundo de um lote no Bairro Popular.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, o suspeito foi preso no dia 22 de agosto. Segundo as investigações o jovem já teria agredido Monara diversas vezes por ciúmes.
O delegado disse que o jovem tem passagens por crimes patrimoniais no estado de São Paulo e estava há pouco tempo em Goiás.
Monara e a casa de seu pai que foi queimada
— Fotos: Divulgação/Polícia Civil
O corpo
A polícia relatou que o corpo foi localizado no mesmo dia do crime e estava parcialmente carbonizado, nos fundos de um lote baldio, em meio a uma estrutura de madeira. Também de acordo com as investigações, os exames no corpo da vítima constataram que ela ainda respirava quando foi queimada.
A vítima
Ao g1, Nayara contou que a irmã começou se envolver com drogas ainda na adolescência. Aos 17 anos, ela conheceu seu primeiro namorado, com quem teve seu primeiro filho. Foram três anos juntos e, segundo a irmã, ele foi muito bom para ela. "Nesse período que ela esteve com ele, ela não usou drogas", disse Nayara.
Aos 26 anos, nasceu o segundo filho de Monara. De acordo com a irmã, ela estava tentando parar de usar drogas.
Como mãe, Monara era uma leoa-protetora, e também muito divertida, ela adorava brincar com os filhos. "Muitas vezes, eu brincava com ela, falando que ela parecia mais uma irmã do que uma mãe," disse a irmã.
Monara tentou iniciar o curso de direito, mas a dependência química a impediu de continuar, informou a irmã. "Ela sempre contou com a ajuda da família, quando tinha cerca de 24 anos, minha tia começou a pagar a faculdade dela," disse Nayara.
Monara Pires foi assassinada em julho; namorado é suspeito
Arte/g1
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