Fieg celebra 75 anos e relembra trajetória: ‘História de superação’
06/11/2025
(Foto: Reprodução) Indústrias goianas comemoram 75 anos
Com 75 anos de existência, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) celebra a sua atuação nas áreas de educação, qualificação, saúde e na inserção de jovens no mercado de trabalho. Essa trajetória foi tema do Café com CBN, realizado na manhã desta quinta-feira (6), em Goiânia, com apresentação de Luiz Geraldo. O presidente da Fieg, André Rocha, destacou os desafios e as conquistas da Federação desde a sua fundação, em 1950.
“É uma história de superação. Foi desafiador e transformador. A Fieg cuidou primeiro de procurar estabelecer políticas industriais, cada qual com um desafio do seu tempo. Ela foi criada em 50, em um pós-guerra, uma realidade diferente no Brasil”, afirmou o presidente, em entrevista ao g1.
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A história da Fieg foi iniciada por cinco sindicatos, com os setores da construção e mobiliário, alfaiataria e confecção masculina, fabricação de calçados, indústria de alimentos e indústrias gráficas.
A partir da criação da federação, Goiás ganhou os departamentos regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).
De acordo com o economista Leandro Rezende, a Fieg foi visionária em construir uma estrutura para a indústria que iniciava no estado na década de 1950. “A indústria transformou Goiás”, destacou.
Avanços na indústria
Presidente da Fieg, André Rocha, durante o Café com CBN
Reprodução/YouTube CBN Goiânia
Segundo André, as indústrias já existiam de uma maneira geral, mas começaram a se organizar com a fundação da Fieg. “Os primeiros anos foram anos assim, onde a indústria foi crescendo de uma maneira mais lenta, mais devagar, até porque não havia tanta aquela política da interiorização do desenvolvimento”, explicou o presidente.
O grande salto apontado por ele ocorreu com a criação dos primeiros distritos industriais, na década de 1970. Na década seguinte, em 1980, começaram as políticas de incentivos fiscais — inicialmente com o Fomentar, depois, no início dos anos 2000, com o Produzir e, atualmente, com o Pró-Goiás — medidas que foram determinantes para atrair empresas, considerou.
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Café com CBN celebra os 75 anos da Fieg
Divulgação/Fieg
Ainda em 1990, houve a chegada de indústrias como a Perdigão e Mitsubishi no estado, com alto valor agregado. “Conseguimos também interiorizar o desenvolvimento, que também foi uma outra consequência muito positiva para Goiás. Nós não centralizamos as indústrias e a arrecadação somente na Região Metropolitana”, disse o presidente.
“Hoje, nós temos uma economia pujante que cresce acima da média nacional, que gera mais empregos do que a média nacional, que retira mais pessoas dos programas assistenciais, dando empregos para elas. Nós nos orgulhamos de fazer parte desse desenvolvimento ao longo desses 75 anos”, concluiu André.
Atualmente, a Fieg articula com o poder público para melhorar o ambiente de negócios, reduzir impostos, simplificar normas e garantir segurança jurídica, por meio de conselhos e câmaras setoriais, além do apoio direto aos 35 sindicatos industriais de Goiás. A federação também promove ações sociais com o programa Fieg + Solidária, que mobiliza o setor produtivo em apoio à população vulnerável.
Futuro desafiador
Leandro frisou que atualmente o estado possui nove segmentos competitivos e bem distribuídos na indústria. Ele destacou ainda a importância da Fieg para que Goiás enfrente os próximos anos, que prometem ser desafiadores.
“É um futuro desafiador e transformador. O mundo está cada vez mais competitivo. A economia é global. Então, nós precisamos investir na formação de mão de obra, na qualificação de mão de obra. E a educação é a base para isso”, ressaltou o presidente.
Educação como meio de transformação
Weysller Matuzinhos, diretor do Sesi Universitário e da Faculdade de Tecnologia SENAI de Desenvolvimento Gerencial (Fatesg)
Reprodução/YouTube CBN Goiânia
Ao g1, o diretor do Sesi Universitário e da Faculdade de Tecnologia SENAI de Desenvolvimento Gerencial (Fatesg), Weysller Matuzinhos, destacou que a educação é fundamental não apenas por proporcionar mobilidade social para quem passa por ela, especialmente na educação básica e profissional, mas também porque atende a uma dor do setor produtivo.
“A dor [da indústria] é mão de obra qualificada. São pessoas preparadas, capazes de entregar o que se propõem. Qual é a forma de se preparar para isso? Educação. Seja educação básica, seja educação profissional”, afirmou.
Segundo Weysller, as empresas não conseguem avançar sem mão de obra qualificada. “Nós vivemos num mundo de transformação digital. As pessoas só vão conseguir ocupar espaços no mercado se estiverem preparadas, se souberem usar as tecnologias”, ressaltou o diretor.
Ele lembrou que o Sesi e o Senai Goiás oferecem muitos cursos gratuitos, voltados tanto para quem busca o primeiro emprego quanto para quem quer mudar de área ou retornar ao mercado de trabalho. “Qualquer pessoa pode acessar o site e encontrar cursos gratuitos, de dois ou três meses, presenciais ou EaD”, explicou.
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